09 outubro, 2008

Orquídea ou limão?

Engraçado como é no meio da multidão que se descobre a falta que faz um. Nem frescura (não é de mim), nem fidelidade (não teria porquê), nem pose: como você diz, "pura opção". ;)

Fato é que começou a nascer uma mudinha nova no meu pomar. Ainda não sei o que é direito, nunca sei, mas é de novo a história dos riscos: pode ser que seja mais um limão, uma quebrada de cara e um aprendizado. Inevitável, no entanto: a possibilidade de ser, finalmente, uma orquídea, me faz apostar. Sem desespero, sem pressa, mas com certeza do que eu quero pra mim.

Quero que cresça, mas vou precisar da sua ajuda. Não sou um jardineiro muito habilidoso... Te peço esse favor: me ensina a regar direitinho e você vai ver que, apesar de sem técnica, tudo que concerne ao meu pomar recebe todo o carinho que um jardineiro amador pode dar.

Sinceridade, só. Pode gritar, eu ouço. De resto, é só regar. ;)

07 outubro, 2008

=P

Acho que, no final, a vida é isso: assumir riscos - e com riscos não tem muito segredo: ou dá certo, ou não. Você pode teorizar, calcular e racionalizar ao máximo na intenção de pendê-los mais para um lado ou outro, mas é sempre isso: ou dá certo, ou não. 50% / 50%. Ou supre as expectativas, ou não. Ou há o desencanto e situações desconfortáveis oooooou você passa um dia delicioso ao lado de alguém fantástico e descobre tudo isso que estou postando aqui. hehehe

Valeu a pena? Sem dúvida! Faria de novo? Fácil. Terá outras oportunidades? Não sei. Espero que sim! Mas esse já é outro risco que terá que ser ou não corrido no momento oportuno. Por ora, basta esse cheiro que insiste em não sair no meu nariz.

Nem reclamo... ;)

03 outubro, 2008

Soneto-resposta ou Hahahahaha

Desculpe-me se da impressão
que te causo me sobra o riso
Mas é que sou cônscio de minhas faces,
escudos e máscaras de que preciso.

Fato é que não me acha em fotos,
Não me acha em músicas, cinzeiros ou livros
Porque sou partes de um grande vácuo
complexo, denso, potencial e conciso.

Se me vês em bordéis, becos frios ou sarais
De papéis em papéis, de caminho em caminho
São eles meu ninho, o inverso jamais.

Mas escárnio talvez, pois seja em trapo ou linho
Sou cônscio que, à parte, me conheço em essência
e que, nessa parte, sou cônscio sozinho.

28 setembro, 2008

Zum!

Maria - Amen - Vogue - Madonna - Se fodeu - Gostoso - Ai, caralho - Hmmm - Alôr? - Tá boa?

Hahahahaha

Precisando muito de mais fins de semana como esse. Porque jogar mímica e Zum na balada é tendência. ;)

22 setembro, 2008

Fazendo suco

Chateado. Muito, aliás. Indo dormir muito chateado... Estava com saudade de tanta coisa... será que até disso? Espero que você esteja errado, Ric, mesmo achando que não. Como nosso coração é burro... "Nosso", que arrogância! O meu é.

Um pouco cansado, também. Muito, aliás. Queria que as coisas fossem mais fáceis, as decisões mais simples e as pessoas mais como eu em alguns aspectos. Claro que se tudo o fosse eu não seria blogueiro mas suicida - mas me reservo o direito de querer.

Mas sabe o que, no final das contas, mais me deprime? É saber, bem lá no fundinho, que pouco há de mais estúpido que esse meu momento. Que, por trás da quase alocução calculada desse post, está apenas o velho clichê: sentado, telefone mudo em punho e a espera agustiada do barulho que não vem. Pior: que se sabe que não vai vir - mas que é inevitável esperar.

Como nosso coração é burro... "Nosso", que arrogância! O meu é.

16 setembro, 2008

Ordem no puteiro!

Já estou farto de me sentir
feito uma densa metalinguagem
numa novela mexicana
de alma então dilaceranda
pelas hipérboles sem decupagem
e pelos dramas do não-fluir

De ver as damas descabelando
os cavalheiros se desonrando
e as crianças a descrescer
num enredo afônico quase sem métrica
com uma premissa quase absurda
e papel de único a perceber!

E se zona é status quo
que tal tentar, então, de pirraça,
fazer de rave essa valsa-trio?
Botar desordem no coreto da praça!
trocar o tango por um bom free jazz
e o fado lento por um samba a mil...

Ponha então Carmen no lugar da santa
Catty Heathcliff como a plebéia
e Rippley como o bom-rapaz
Deixe o bom Ozzy como messias
escolha... Macondo pra sediar a zona
e no meu papel, a essa altura,
tanto faz.

09 setembro, 2008

Tell me about instensidade...

Ou seria pouvez-vous me parler intesidade?

Mamãe do céu, o que foi esse fim de semana? Uma madrugada incrível, um nirvana emocional, uma noite bem dormida, uma madrugada de filosofia a dois, um almoço de domingo com uma nova família, um filme incrível bem acompanhado, um capuccino na Bela Paulista, um carro capotando a cem por hora recheado de bem-querer, uma madrugada mal-dormida, um reinício e a volta do que não foi - DR na certa. Não sei o que dizer pra vocês senão que se isso for uma amostra grátis do vai que ser a primavera, procura-se um bom terapeuta. (mas espero que sim!)

Morrighan está mesmo à toda, porque esse inverno está mais forte que expresso de máquina. Haja adoçante, né, gatinho?

Resta então, pra não dizerem infrutífero o post, uma indicação: assistam Les Chansons d'Amour (Canções de Amor). Como diz minha bloguística querida amiga, "assitam e depois conversamos". ;)

"Não me ame tanto, mas me ame por muito tempo".

Mesmo.

03 setembro, 2008

"I'm going through changeeeees..." (pã pã pããã) 2X

Revendo conceitos, repensando minha vida. Mudando meus ares, externos e internos... Mantendo meus deuses, abolindo os mensageiros, criando minhas pontes. Me desapegando das rosas, me curando dos espinhos e redescobrindo as orquídeas... Cobrindo alguns buracos, mesmo que abrindo outros - mas tentando fazê-los mais rasos.

Tentando me lembrar de mim, tentando me esquecer em mim um pouco mais. Tentando não esquecer de mim. Pulando ondas mais altas, nadando em mares mais fundos e ajustando as braçadas ao tamanho do meu braço. Aprendendo a nadar borboleta!

Trocando os sapatos e mudando os passos pra não mudar de calçada. Olhando o bairro enquanto passo pra que ele não me veja não viver enquanto passa. Porque vou pisar cada passo como se fosse o mais importante e andar cada metro como se fosse o último, enquanto passa.

Porque passar eu vou. Ah, se vou.

28 agosto, 2008

Época de colheita...

Pois é, dias conturbados. Até ficou meio de lado esse espacinho aqui, tadinho... Mas liga não, quando fico um pouco ausente é justamente porque coisas estão se aculmulando pra serem guardadas aqui. Hehehe É época de colheita, fazer o quê... Limões exigem um tempinho de maturação. ;)

E a palavra da semana é: reciprocidade. É longa, eu sei, mas na dúvida, dicionário. Mais sábio buscar e aprender que continuar ignorando o significado - quem sabe não é um primeiro passo pra se aprender como é que se usa? - não o livro, a reciprocidade.

¬¬

Indiretas à parte, fase de aprendizados. Aqueles momentos de pegar os limões acumulados, espremer e beber o suco, sabe? É, é azedo, fazer o quê... E ácido. É como eles são... Não vou bancar o forte e dizer que não dói, mas somente é como eles são... Decidi que passei da fase de admitir pra mim menos do que acho que mereço - não das coisas e pessoas, mas do que hoje elas podem me oferecer.

Sabe como é, né? Preferindo a compatibilidade às pernas bambas. Pernas bambas me desestabilizam e eu quase sempre acabo no chão... Melhor assim, firme. Pés no chão pra curtir melhor a caminhada e os cafés-da-manhã na Paulista - e muito bem acompanhado. Curioso como parece que algumas coisas sempre estiveram do nosso lado, andando em silêncio, só aguardando o momento de amadurecermos o suficiente para notá-las. ;)

Quase feliz, after all. ^^

21 agosto, 2008

Um adendo...

Me permitindo uma outra postagem assim, seguidinha da última, pra aproveitar um quote de um blog amigo.

"Masturbe-se mais. Conheça-se mais. Só assim tiramos as dúvidas interiores."

Me empolguei porque foi uma reflexão recente. Vamos lá, há momento de mente tão leve e livre, de pressões tão baixas e de tanta clareza de pensamento quanto o pós-orgasmo? Não ria, não, é sério! Ou melhor: ria, sim, horrores, porque é sério! Claaaro que eu entendi o que ela quis dizer e, se o lerem no contexto, também perceberão que a reflexão é bem diferente dessa minha, aqui, mas resolvi aproveitar o mote pra dar também, eu cá, um conselho fruto de um aprendizado recente:

Está com um problema? As coisas parecem confusas, turvas; o emocional está a mil e não consegues focar em nenhuma questão por muito tempo sem sentir aquele aperto no peito de que a coisa está russa? Decisões, pressões, desestabilidade, psicológico a mil? Busque um lugar ermo (ou não!), um lugar calmo e tranqüilo que te permita a reflexão e... masturbe-se, meu bem. Sério. Vai ver o bem que faz.

;)

WOW!

Pára o mundo que eu quero descer!

Turbilhão, turbilhão, turbilhão... Minha cabecinha rodando a mil. Pior: a de cima. A vida seria muito mais fácil se uni-duni-tê tivesse algum grau de confiabilidade... E então, pra fazer coro, mamãe-do-céu resolve ir ao playground: conversas misteriosas, coincidências bizarras, assuntos reincidentes e tudo que tiver à manga pra chutar pra lona a estabilidade psicológica. Assim nem Freud! Hoje deu até pra estranhos no ônibus me questionarem sobre meus planos (aliás, meninas, vocês são o máximo!). Se ao menos EU soubesse. Rifa-se confusão mental.

Concluindo também que uso de sarcasmo deveria exigir carteira de habilitação. Sério! Sarcasmo descuidado é tão deselegante... Ainda mais quando a sua resposta tem que começar com o vocativo "chefe". Cruel...

Bom, aprendi a nunca mais profetizar uma crise aqui no blog. Nesses tempos de banda-larga, velocidade de informação e comunicação global até a vida responde rapidinho. Meeedo...

19 agosto, 2008

19/08 pré-payday!

Blá blá blá blá blá whiskas sachê.

"O amor talvez seja uma música que eu gostei e botei numa fita"...

Esse tá docinho e dispensa o açúcar. E o guarda-chuvinha do drink: com direito a um ciggie depois. La vie en rose, não? É, quase... Mas se for perfeito, estraga. Curtindo a calmaria até a próxima crise...

Humanidade é uma merda...

15 agosto, 2008

A estréia do Limão!

Pra inaugurar o Blog (que eu espero que dure um pouco mais do que têm durado meus planos de vida), a dissecação do Limão! Fresquinho, recém-saído do pomar. ;)

LEMON TREE

Queria eu ter um poco de Salma, de cuidar, ou de Mira, de sensibilizar. A maestria dos limões... Os meus estaguinam, páram no tempo. Viram mausoléus, relicários. Vêm em pencas e me assaltam o sono e me despertam baqueando no solo, como os dela e, com o tempo, o tempo teve de me ensinar a voltar a dormir. Talvez, penso hoje, tenha aprendido. Mais do que talvez devesse, até.

Mas de fato aprendi. Aprendi sua beleza e suas cores, a vê-las, a expandir minha paleta. Aprendi mais cores aos meus quadros. Aprendi regá-los, colher e tirar o suco. Descobri sabores e sensações; a textura, o contra-senso do azedo, o ácido da casca e o barulhinho sutil do romper dos gomos... Sei hoje honrá-los, até! Tenho templos e igrejas a eles, dos mais belos. Tenho seus retratos emoldurados em todos os cantos e paredes do meu motor; acabei por fazê-los combustível e combustor, quase que a máquina em si. Julguei mesmo dominar a arte.

Me admira, ainda então, Salma e Mira, como se admira o mestre de um ofício onde ainda se engatinha. Eu, homem-limão, não ser metade próximo da fruta. Fiz dela tudo o que o tempo desafiou: pintei, grafei, cantei e admirei profundamente suas imagens estáticas nas paredes. Mas no fim os tenho assim: estáticos. Rego-lhes, colho e tiro o suco e bebo, mas tornam-se então estátuas, meros objetos de louvor. Quão cristão...

Nunca, argumente o tempo, contraí um músculo em defesa. Admirei-lhes, mas só. Os deixei estatizar. E isso, pasmo, contradiz tudo o que julguei ter aprendido! Não, não entendi os limões, apenas me desfiz. Com classe e pompa, mas desfiz. Com respeito sim - mas com um quase temerário. Nunca me opus que o tempo lhes tomasse a mão.

Falem-me então, Salma e Mira, sobre os seus limões, que ouço aprendiz. E venham a mim as próximas safras - podem vir, sem medo. Que o tempo já me tirou demais - vocês, não vou deixar que leve de mim.