28 agosto, 2008

Época de colheita...

Pois é, dias conturbados. Até ficou meio de lado esse espacinho aqui, tadinho... Mas liga não, quando fico um pouco ausente é justamente porque coisas estão se aculmulando pra serem guardadas aqui. Hehehe É época de colheita, fazer o quê... Limões exigem um tempinho de maturação. ;)

E a palavra da semana é: reciprocidade. É longa, eu sei, mas na dúvida, dicionário. Mais sábio buscar e aprender que continuar ignorando o significado - quem sabe não é um primeiro passo pra se aprender como é que se usa? - não o livro, a reciprocidade.

¬¬

Indiretas à parte, fase de aprendizados. Aqueles momentos de pegar os limões acumulados, espremer e beber o suco, sabe? É, é azedo, fazer o quê... E ácido. É como eles são... Não vou bancar o forte e dizer que não dói, mas somente é como eles são... Decidi que passei da fase de admitir pra mim menos do que acho que mereço - não das coisas e pessoas, mas do que hoje elas podem me oferecer.

Sabe como é, né? Preferindo a compatibilidade às pernas bambas. Pernas bambas me desestabilizam e eu quase sempre acabo no chão... Melhor assim, firme. Pés no chão pra curtir melhor a caminhada e os cafés-da-manhã na Paulista - e muito bem acompanhado. Curioso como parece que algumas coisas sempre estiveram do nosso lado, andando em silêncio, só aguardando o momento de amadurecermos o suficiente para notá-las. ;)

Quase feliz, after all. ^^

21 agosto, 2008

Um adendo...

Me permitindo uma outra postagem assim, seguidinha da última, pra aproveitar um quote de um blog amigo.

"Masturbe-se mais. Conheça-se mais. Só assim tiramos as dúvidas interiores."

Me empolguei porque foi uma reflexão recente. Vamos lá, há momento de mente tão leve e livre, de pressões tão baixas e de tanta clareza de pensamento quanto o pós-orgasmo? Não ria, não, é sério! Ou melhor: ria, sim, horrores, porque é sério! Claaaro que eu entendi o que ela quis dizer e, se o lerem no contexto, também perceberão que a reflexão é bem diferente dessa minha, aqui, mas resolvi aproveitar o mote pra dar também, eu cá, um conselho fruto de um aprendizado recente:

Está com um problema? As coisas parecem confusas, turvas; o emocional está a mil e não consegues focar em nenhuma questão por muito tempo sem sentir aquele aperto no peito de que a coisa está russa? Decisões, pressões, desestabilidade, psicológico a mil? Busque um lugar ermo (ou não!), um lugar calmo e tranqüilo que te permita a reflexão e... masturbe-se, meu bem. Sério. Vai ver o bem que faz.

;)

WOW!

Pára o mundo que eu quero descer!

Turbilhão, turbilhão, turbilhão... Minha cabecinha rodando a mil. Pior: a de cima. A vida seria muito mais fácil se uni-duni-tê tivesse algum grau de confiabilidade... E então, pra fazer coro, mamãe-do-céu resolve ir ao playground: conversas misteriosas, coincidências bizarras, assuntos reincidentes e tudo que tiver à manga pra chutar pra lona a estabilidade psicológica. Assim nem Freud! Hoje deu até pra estranhos no ônibus me questionarem sobre meus planos (aliás, meninas, vocês são o máximo!). Se ao menos EU soubesse. Rifa-se confusão mental.

Concluindo também que uso de sarcasmo deveria exigir carteira de habilitação. Sério! Sarcasmo descuidado é tão deselegante... Ainda mais quando a sua resposta tem que começar com o vocativo "chefe". Cruel...

Bom, aprendi a nunca mais profetizar uma crise aqui no blog. Nesses tempos de banda-larga, velocidade de informação e comunicação global até a vida responde rapidinho. Meeedo...

19 agosto, 2008

19/08 pré-payday!

Blá blá blá blá blá whiskas sachê.

"O amor talvez seja uma música que eu gostei e botei numa fita"...

Esse tá docinho e dispensa o açúcar. E o guarda-chuvinha do drink: com direito a um ciggie depois. La vie en rose, não? É, quase... Mas se for perfeito, estraga. Curtindo a calmaria até a próxima crise...

Humanidade é uma merda...

15 agosto, 2008

A estréia do Limão!

Pra inaugurar o Blog (que eu espero que dure um pouco mais do que têm durado meus planos de vida), a dissecação do Limão! Fresquinho, recém-saído do pomar. ;)

LEMON TREE

Queria eu ter um poco de Salma, de cuidar, ou de Mira, de sensibilizar. A maestria dos limões... Os meus estaguinam, páram no tempo. Viram mausoléus, relicários. Vêm em pencas e me assaltam o sono e me despertam baqueando no solo, como os dela e, com o tempo, o tempo teve de me ensinar a voltar a dormir. Talvez, penso hoje, tenha aprendido. Mais do que talvez devesse, até.

Mas de fato aprendi. Aprendi sua beleza e suas cores, a vê-las, a expandir minha paleta. Aprendi mais cores aos meus quadros. Aprendi regá-los, colher e tirar o suco. Descobri sabores e sensações; a textura, o contra-senso do azedo, o ácido da casca e o barulhinho sutil do romper dos gomos... Sei hoje honrá-los, até! Tenho templos e igrejas a eles, dos mais belos. Tenho seus retratos emoldurados em todos os cantos e paredes do meu motor; acabei por fazê-los combustível e combustor, quase que a máquina em si. Julguei mesmo dominar a arte.

Me admira, ainda então, Salma e Mira, como se admira o mestre de um ofício onde ainda se engatinha. Eu, homem-limão, não ser metade próximo da fruta. Fiz dela tudo o que o tempo desafiou: pintei, grafei, cantei e admirei profundamente suas imagens estáticas nas paredes. Mas no fim os tenho assim: estáticos. Rego-lhes, colho e tiro o suco e bebo, mas tornam-se então estátuas, meros objetos de louvor. Quão cristão...

Nunca, argumente o tempo, contraí um músculo em defesa. Admirei-lhes, mas só. Os deixei estatizar. E isso, pasmo, contradiz tudo o que julguei ter aprendido! Não, não entendi os limões, apenas me desfiz. Com classe e pompa, mas desfiz. Com respeito sim - mas com um quase temerário. Nunca me opus que o tempo lhes tomasse a mão.

Falem-me então, Salma e Mira, sobre os seus limões, que ouço aprendiz. E venham a mim as próximas safras - podem vir, sem medo. Que o tempo já me tirou demais - vocês, não vou deixar que leve de mim.